quinta-feira, 4 de abril de 2013

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Acho "fantástico" que as empresas agora peçam tudo e mais alguma coisa num colaborador, querem o supra sumo em termos de comptências técnicas e línguísticas e depois oferecem o salário mínimo...
Irrita-me que os "grandes" tomem este tipo de atitudes porque sabem que há muitas pessoas a desesperar por um trabalho. Quando é que abrem os olhos e relamente vejam que não são os salários baixos que fazem a economia andar e desenvolver.

Sei que já debati este assunto e estou algo repetitiva, mas estou a escrever isto porque ainda esta semana fui a uma entrevista de emprego (mais uma) e o salário que ofereciam era precisamente o salário mínimo, mesmo tendo 12º e licenciatura...
O processo de entrevista foi surreal. 
Respondi a um anúncio de emprego. Pela pesquisa que efectuei antes de enviar cv, reparei que seria para a página de um piloto português que participa em grandes competições internacionais, tipo Rally Dakar. 
No próprio dia, a meio da tarde, recebo um e-mail de resposta da empresa a referir que tinham recebido mais de 160 candidaturas e que para passarmos à fase seguinte das entrevistas presenciais, deveríamos realizar uma prova escrita e responder a cinco questões, três em português, uma em inglês e uma em francês. O piloto referiu que estava consciente das dificuldades do mercado, mas queria alguém que fosse uma mais valia para a empresa. Até aqui tudo bem. Respondi às questões e posteriormente fui seleccionada para a fase de entrevista.

No dia da entrevista, fui entrevistada pelo próprio piloto num escritório que mais parecia uma sala de estar de casa, com dois gatos e um cão. Ou seja, não era ambiente profissional. Se bem que para piloto não estava à espera de instalações de escritório típico de empresa. Contudo, se gere um negócio convém ter alguma apresentação, mesmo para os clientes. Enfim a entrevista demorou pouco mais de 10, ou nem isso. Fiquei com a vaga sensação de que assim que abriu a porta olhou para mim de cima a abaixo e não gostou do que viu. Falei da minha experiência profissional, mas ele não colocou muitas questões. Disse apenas que estava à procura de outra pessoa de confiança, porque não estava muito satisfeito com a pessoa que tinha actualmente... (Ele podia ter poupado este pormenor) Ah, e o salário lá está, rondava o salário mínimo nacional.
Ou seja, a pessoa iria tomar conta do escritório dele, enquanto o piloto iria andar aí em competições e a ganhar o granel todo. (mas isto já é uma consideração pessoal, nem toda a gente poderá concordar comigo).

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